sábado, 26 de janeiro de 2013

NUNCA RESPONDI A NENHUM PROCESSO POR AGRESSÃO


Em 2007, um corretor de imóveis estava sendo acusado de estelionato por uma cliente que dizia que ele havia embolsado o dinheiro do sinal há três meses de um apartamento que estava todo irregular. Houve uma discussão e a cliente e seu irmão, policial civil, disseram que iriam registrar o caso na DP da área (41ª DP). A filha desse corretor, também policial civil, lotada na 32ª DP, no dia do seu plantão, pegou a senha de um outro colega, sem o conhecimento dele, e fez um RO de "ameaça" em favor de seu pai, colocando a cliente e seu irmão policial como autores, sem o conhecimento do delegado de plantão e pertencente a área de outra Delegacia. Ela expediu uma intimação pra ambos, e o policial e sua irmã me procuraram na 32ª DP, relatando os fatos. Chamei o policial e ele confirmou que a colega havia feito o RO sem a sua autorização. Convoquei a policial e, claro, a adverti pela fraude. Ela se desesperou, se insubordinou e abandonou o plantão, recorrendo a uma DEAM me acusando de tê-la agredido. Encaminhei tudo para que fosse apurado pela Corregedoria, que arquivou a sindicância, pois ficou comprovado que não encostei um dedo nela. O laudo do IML apontou uma escoriação ínfima, típica de uma unhada, e ela dizia que eu a havia segurado pelo braço. Faça um teste: segure alguém pelo braço e veja se é possível deixar apenas uma marca de unha? Certamente uma autolesão pra me incriminar. No JECRIM do Centro, essa acusação de agressão não prosperou e o termo circunstanciado foi arquivado de plano, sem haver sequer processo. O caso do RO foi pro JECRIM de Jacarepaguá e a policial e seu pai tiveram que fazer "transação penal" para não serem incriminados pelas fraudes.
Imaginem, se essa agressão realmente houvesse ocorrido, se a policial não recorreria à mídia para me denunciar? Imaginem se a Corregedoria e o Ministério Público não tomariam as devidas providências? Imaginem se a minha carreira iria continuar progredindo até hoje?
Bem, essa é a verdade sobre mais essa covardia contra a minha imagem. Virei alvo dessa revista e, em particular, desse jornalista, que mais uma vez alega não ter inicialmente me localizado pra que eu pudesse dar a minha versão dos fatos, porém, ele conseguiu falar com a policial, que se aproveitou, óbvio, para aparecer. Tive que recorrer à nossa competente Assessoria de Comunicação da Polícia Civil (ASCOM) para poder falar com esse jornalista. Na minha resposta à revista, vejam que sequer publicaram as derrotas obtidas pela policial e seu pai. Quando consegui conversar pelo telefone com esse jornalista, ele alegou que não houve tempo para fazer uma apuração mais detalhada. É proposital, é direcionado.
Agora, todos os meus inimigos, acumulados nesses 27 anos de carreira, inclusive atuando como presidente de um Sindicato, se aproveitarão para me atirar pedras. Alguns policiais a quem não agradei como chefe, também estão aplaudindo esse momento. Tenho mesmo "fama" de "rigoroso" dentro da Polícia com alguns policiais que insistem em não cumprir suas funções como servidor público. Paciência. "Ossos do ofício".
Estou longe de ser perfeito, tenho inúmeros defeitos, mas quem me conhece se orgulha das minhas qualidades, entre elas o caráter, a honra e a coragem. Talvez meus maiores defeitos sejam a ingenuidade e a sinceridade, mas se tudo isso servir para que a sociedade discuta a melhoria do serviço público em geral e o verdadeiro papel da imprensa numa democracia, não me importarei de passar por toda essa humilhação.