terça-feira, 2 de agosto de 2011

Repressão aos Furtos de Veículos – Uma Meta Atingida

Na segunda quinzena de maio último, a Chefe da Polícia Civil, Drª Martha Rocha, iniciou uma série de reuniões setoriais com delegados titulares para estabelecer, entre outras coisas, metas de repressão a um determinado tipo de delito na respectiva circunscrição. Coube a nós, na 9ª DP – Catete, a missão de reduzir os índices de furtos de veículos prometido na casa dos 50%, o que já foi considerado pelos demais colegas como bastante ousada.


A 10ª DP – Botafogo, cuja circunscrição em muito se assemelha à da 9ª DP, havia desarticulado uma quadrilha que agia na fronteira dos bairros de Botafogo e Flamengo no mês de março, inclusive rendendo uma denúncia de abuso de autoridade e tortura contra os policiais daquela Unidade e que custou a exoneração do então delegado titular, Dr. José Alberto Pires Lage, ainda sob investigação, e no mês de maio foi a nossa vez de desarticular outra que agia na mesma região, com uma prisão em flagrante espetacular depois de muito trabalho de inteligência e perseverança. Por fim, numa noite, ainda em maio, numa dessas coincidências absolutamente extremas, nosso segundo alvo, após escapar de um cerco policial da 9ª DP, acabou indo agir na circunscrição da 10ª DP e, eis a coincidência, furtou o veículo da esposa do nosso delegado assistente, Dr. Rodrigo Martiniano, estacionado na Rua Muniz Barreto, próximo à faculdade FACHA, onde a mesma estuda, a qual ainda chegou a testemunhar a ação, pedindo socorro imediato ao seu marido. Alertados, policiais militares que patrulham a região em motocicletas conseguiram efetuar a prisão em flagrante desse indivíduo e recuperar o veículo.

Cada Unidade Policial da mesma Área Integrada de Segurança Pública – AISP, as 9ª e 10ª Delegacias Policiais e o 2º Batalhão de Polícia Militar, haviam dado sua contribuição para os impressionantes números de redução dos casos de furtos de veículos que abrangem bairros significativos da Zona Sul carioca: Cosme Velho, Laranjeiras, Glória, Catete, Largo do Machado, Flamengo, Botafogo, Urca e Humaitá, e eu havia superado, em muito, as metas prometidas por mim à Chefia da Polícia Civil, como podemos acompanhar no quadro abaixo:



O ano de 2011 já apresentava uma tendência de queda nos índices desse tipo de delito, porém é nítido, a partir de maio, quando fizemos aquela prisão em flagrante seguida pela prisão em flagrante realizada pelo cerco efetuado pelos motociclistas do 2º BPM, o acentuamento vertiginoso dessa queda nos meses de junho e julho, quando, neste último, fechamos com apenas quatro veículos subtraídos em nossas ruas.


A repressão aos furtos de veículos, além do cerco que se deve efetuar aos ferros-velhos e ao comércio irregular de peças usadas de veículos, sem prejuízo da contribuição importante que a indústria automobilística pode oferecer, passa necessariamente pelo comparecimento da equipe de investigadores ao local para se verificar exato onde o mesmo ficou estacionado, a verificação de câmeras de segurança nas redondezas, o arrolamento de testemunhas e, finalmente, as operações de vigilância – conhecidas como “campana” – em pontos eleitos pelos dados estatísticos, instruídos com informações a respeito dos locais onde os veículos estão sendo recuperados (se não for o caso de “desmanche”) e o levantamento de prisões em flagrante pelos crimes de furto e receptação nos últimos anos, para se verificar se os réus encontram-se presos ou em liberdade.

Investigar é uma arte que exige experiência, sabedoria, perseverança e trabalho em equipe, e todos estão de parabéns pelas metas conquistadas.